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Aventuras de um português na Alemanha

Encerrados nas masmorras

Durante o fim-de-semana de carnaval, para além de Colónia, também visitámos Bona (antiga capital da Alemanha, de 1946 até 1999) e descemos o rio Reno, até Darmstadt.

Ficámos instalados na pousada da Juventude em Bona, onde chegámos no nosso Volkswagen Fox, novinho em folha. Bona não tem muito para ver, tirando a casa do Bethoven (nasceu e viveu lá até aos 5 anos), mas pelo que me contaram não vale o dinheiro da entrada.

Colónia, sim, é uma cidade interessante. A Catedral foi o edifício mais alto da Europa até à construção da Torre Eifel em Paris. A altura das duas torres é enorme e o edifício é uma peça de arte incrível. A não perder. Também existe lá o museu do chocolate e outros museus de arte e história. Mas devido ao facto de ser carnaval estava quase tudo fechado a visitas.

Após Colónia, isto é, mais de 24 horas depois, fizemos o circuito do que chamam "Reno Romântico". Descemos de carro ao longo do rio Reno e pudemos contemplar as vistas magnificas do rio, e os imensos castelos e palácios ao longo do mesmo. Parámos em Koblenz e visitámos 2 castelos. Um, tipica residência de reis e princesas, e o outro tipico castelo de fortaleza. E bem, neste último passámos uma grande aventura. Chegámos ao local faltavam 45 minutos para as 6 da tarde. O Castelo fechava às 6. Tudo bem, comprámos bilhetes, entrámos e começámos a seguir o circuito que nos indicavam os mapas. Algumas vezes às claras, outras à luz das velas (sim, tinha-mos que levar velas e fósforos para passarmos em algumas partes do castelo. Bem, o certo é que nos perdemos a meio e já não sabíamos onde estavamos. Depois de nos rirmos descobrimos que para além de estarmos perdidos dentro do castelo, estávamos fechados. Sim, na Alemanha, se se diz que se fecha às 6, fecha-se mesmo. E bem, digamos que começámos a ficar um bocado preocupados. Então resolvemos fazer o circuito todo inverso e chegámos até à porta principal do Castelo que estava....fechada. Começámos já a pensar em que masmorra  iriamos dormir.... Tentou-se empurrar a porta e...nada. Até que com um bocado mais de esforço abrimos a porta e fomos em liberdade à nossa vida. Esta foi a última foto que tirámos antes de descobrirmos que estavamos em apuros.

O carnaval não é só no Brasil

Pensava eu que carnaval era no Brasil, em Veneza ou até em Portugal. Mas na Alemanha eles vivem o carnaval como se fosse a passagem de ano. A primeira cerveja bebe-se às 10:30 da manhã, para forrar o estômago, ao almoço, já se ultrapassou bem os 2 litros e bem, façam as contas para ver quanto se bebeu até ao fim desse dia. O espírito carnavalesco na Alemanha é fantástico e claro que eu não podia deixar de me juntar à festa. Assim, alugámos um carro e lá foram 4 prisioneiros de Alcatraz para Colónia, a capital do Carnaval na Alemanha. Há festa durante quase uma semana, de manhã até à noite. E eu a pensar que havia aqui confetis... Qual quê? No desfile só se atiram rebuçados, chocolates, pacotes de batatas fritas e pipocas, brindes, etc... Isto claro se esticarmos as mãos e gritarmos "Hellllaauuuu". Sim, é mesmo assim. Bastante produtivo o desfile, pelo menos para a barriga.

Quanto aos trajes, bem, há de tudo. Da mais simples peruca e cachecol até ao mais elaborado fato de carnaval.

Imperdível. E ainda há mais. As cantilenas são um hino ao regionalismo e demonstram o quanto se sentem filhos da terra. E já percebi porque é que se abana o copo de cerveja de um lado para o outro enquanto se canta. Porque o ritmo é sempre o mesmo e leva-nos naturalmente a fazer o gesto. Prost....

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